Elke Maravilha tem ativismo identitário investigado em livro que vai bem além das perucas, saltos e batons da artista

  • 23/11/2024
(Foto: Reprodução)
Capa do livro ‘Elke Maravilha – Além das perucas, saltos e batons’, de Ton Garcia Ilustração de Quihoma Isaac ♫ OPINIÃO SOBRE LIVRO Título: Elke Maravilha – Além das perucas, saltos e batons Autor: Ton Garcia Cotação: ★ ★ ★ ♪ Também apresentadora e cantora, embora a imagem cristalizada no imaginário nacional seja a jurada de visual extravagante de programas de calouros, a russa Elke Georgievna Grunnupp (22 de fevereiro de 1945 – 16 de agosto de 2016) ficou imortalizada pelo nome artístico de Elke Maravilha. Mulher empoderada antes de o adjetivo entrar no dicionário e nas pautas identitárias, Elke viveu desde os seis anos no Brasil, tendo sido criada na cidade mineira de Itabira de Mato Dentro (MG). Gravou o primeiro disco em 1972, mas ficou famosa ao avaliar com carinho o canto dos calouros dos programas de comunicadores como Chacrinha (1917 – 1988) e Silvio Santos (1930 – 2024). A imagem esfuziante foi alimentada pela própria artista multimídia, mas o recém-lançado livro Elke Maravilha – Além das perucas, saltos e batons, de Ton Garcia, mineiro que vem atuando na preservação da memória e do acervo da artista, retrata Elke sem a máscara cênica. O título justifica o livro, lançado pela editora Quixote + Do – com capa que expõe Elke em ilustração de Quihoma Isaac – e fruto de pesquisa feita por Garcia em curso de pós-graduação. Com linguagem acadêmica, o trabalho investiga a identidade e a militância de Elke, sobretudo na década de 1970, período em que o Brasil viveu sob a ação de regime ditatorial instaurado em 1964. Embora com passagens narradas em primeira pessoa pelo autor, o livro dá voz à própria Elke através de depoimentos inéditos ou extraídos da mídia. Elke, por exemplo, conta detalhes da prisão a que foi submetida em fevereiro de 1972 por, indignada, ter rasgado cartaz em aeroporto em que a ditadura apontava o engajado estudante Stuart Angel (1946 – 1971) como terrorista. Elke ficou seis dias presa e se fingiu de louca para não ser torturada. Saiu da prisão somente porque Zuzu Angel (1921 – 1976), mãe de Stuart, soube do ocorrido e acionou contato que tirou Elke de trás das grandes no dia em que a artista começaria a ser alvo de tortura. O livro Elke Maravilha – Além das perucas, saltos e batons se desvia inteiramente do formato biográfico. As eventuais informações sobre a vida e obra da artista são dadas a serviço da compreensão da narrativa acadêmica, com o objetivo de documentar o posicionamento de Elke a respeito de questões identitárias de gênero e etnia. Em essência, o livro ecoa a voz sempre levantada pela ativista Elke Maravilha contra toda forma de opressão. Elke Maravilha (1945 – 2016) foi cantora, atriz e apresentadora, mas ficou na história como jurada de programa de calouros Ilustração de Quihoma Isaac

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2024/11/23/elke-maravilha-tem-militancia-identitaria-investigada-em-livro-que-vai-alem-das-perucas-saltos-e-batons-da-artista.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 10

top1
1. Amor ou Esquema

Wesley Safadão

top2
2. Segue Invicto

Márcia Fellipe

top3
3. Vem Jogando Essa Raba

Psirico e Filipe Escandurras

top4
4. Eu Gosto Assim

Gustavo Mioto e Mari Fernandez

top5
5. Chá de Chifre

Marcynho Sensação, MC Mari e Wesley Safadão

top6
6. Bandido

Zé Felipe e MC Mari

top7
7. Eu Tenho a Senha

João Gomes

top8
8. Essa Gostosa

Stéfany Góes

top9
9. Malvada

Zé Felipe

top10
10. Áudio Que Te Entrega

Léo Santana, MC Don Juan e Mari Fernandez


Anunciantes